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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

BUSCANDO A CENTELHA DIVINA

                  É maravilhoso quando as coisas acontecem da maneira que nós planejamos, quando tudo dá certo, e nosso coração resplandece no brilho de nossos olhos. Uma força gigantesca emana de nossa alma e seguimos caminhando de cabeça erguida, muitas vezes até incomodando a quem nos rodeia.    
                  Sentimos-nos tão fantásticos, inabaláveis e até indestrutíveis que deixamos de lado a atenção que deveríamos ter ao nosso redor, a "prudência" relatada pelo nosso mestre. Deixamos-nos por cercar de pessoas das mais diversas qualidades, e esquecemos de que pessoas "vampiras" adoram estar por perto de quem tem "energia de sobra", para sugar ao máximo até que nos sentimos aniquilados e elas trocam, sim, simplesmente trocam de vítima para poder sobreviver.
                   Às vezes nos sentimos tão seguros de nós mesmos que deixamos de ler ou estabelecer contratos, acreditamos na maioria de pessoas que nos cercam, procrastinamos de uma tal maneira que no futuro nós mesmos nos rotulamos como estúpidos, e assim entre outras desatenções fracassamos.
                   Quando sofremos esses revezes, injustiças e até injúrias, nos sentimos como arrancados de nós mesmos, um dividize em nossa alma e estrangulando a esperança e nos incutindo o medo. Passamos de um a pessoa alegre para uma pessoa à margem emocional, sem direção, questionando os por quês, apontando onde caímos, e o interessante é que sempre aparecem dezenas de pessoas para te ajudar a apontar os erros. Incrível, não?
                    É nesse momento que o medo começa a instalar, ele vem de mansinho soprando em nossos ouvidos que a vida é difícil, que não adianta fazer nada que podemos cair novamente, que nunca mais poderemos confiar em ninguém, que todas as pessoas são iguais, e assim vai até que o medo se transforme em um estágio da depressão, nos levando à inércia.
                     Quando falamos dos medos, podemos dividi-los em seis medos básicos: morte, pobreza, doença, criticam, perder o amor de alguém e a velhice. Todas as consequências de nossas vidas estão vinculadas diretamente ao tipo de medo que nos assolam maior ou menor grau, tanto que muitas vezes as religiões os usam de artifícios para “domar” nossa fé, nossas crenças e nossas vontades.
                  O papel de um líder religioso deveria ensinar a superar os medos e a vencer as consequências dos mesmos já instalados em nossas vidas, ao invés de apontar onde caímos. É uma situação delicada, pois se nos colocarem como nós mesmos os responsáveis por nossas próprias vidas o papel deles seria diminuído.
                    Indo ainda mais fundo, sabemos que todos nós nascemos com o livre arbítrio para aceitar ou não as leis da vida, porém crendo ou não ela atua na vida de qualquer humano na face da Terra. E analise quanto de imposição no modo de vida foi baseada no medo, grandemente utilizada de ferramenta pelos nossos pais, irmãos, familiares e até mesmo os professores e religiosos. E se rodar o mundo, comparando as bases das crenças, em sua maioria sempre trarão o mesmo resultado, para manter uma hierarquia e a ordem, foi assim a forma mais “fácil” encontrada pelos antepassados e seguem até os dias atuais, e até nós usamos de ferramentas pra controlar determinadas situações.
                    A divindade foi perfeita em sua criação, e mantém dentro de nós um elemento que pode nos tirar de qualquer situação e nos fazer alcançar grandes voos, livres das amaras do medo, nos deixou a CENTELHA DIVINA. Esta, se a deixarmos fluir em nossas vidas poderemos buscar a verdadeira essência, deixaremos que a esperança e os sonhos renasçam e nossas vidas e começamos a superar o medo, começamos a viver de forma mais intensa, “saímos da caixa” e passamos a resplandecer e voltamos a ter uma vida onde as coisas realmente acontecem. Vai ser tudo perfeito? Não!!! Sim, isso mesmo, nunca vai ser tudo perfeito, pois nossa vida é fruto de nossos pensamentos, e todos os pensamentos tendem a tornar realidade com a devida frequência e os pensamentos corretos.
                  Eu não sou perfeito, nem nunca serei! Tão pouco você, pois se fossemos perfeitos já haveríamos desencarnado há tempos. Precisamos do aprendizado, precisamos ir aprimorando a essência de nosso SER, e isso se dá até nosso último fôlego de vida.
                  Agora, como deixar fluir essa essência? Como fazer, como faz com que ela venha à tona? Digo-lhe que não é fácil, mas pode ser mais simples do que você imagina, mas vamos lá, de tanto ler, ouvir, testar, viver, cheguei à conclusão que a centelha divina queima e NUNCA podemos apagar, e seu fluir é olhar para dentro de si mesmo, às vezes com uma folha de papel para anotar tudo aquilo que aparecer em tua alma. Aquele monte de coisas que ouvimos dos orientais de aquietar a mente, meditação, ir a um local agradável para ouvir músicas instrumentais, buscar a percepção de seu próprio corpo, ou até mesmo “ouvir o silêncio” entre outras maneiras de encontrar nossa “divindade”.
                 É incrível quando esse processo acontece, não tem uma receita exata, depende de sua persistência e disciplina, mas você vai perceber nitidamente quando encontrar a divindade em ti, as forças são redobradas, renasce esperança, os sonhos, os desejos, e nessa fluidez tomamos direção, acertamos o prumo e passamos a ser nossos próprios realizadores ao invés de deixar que o mundo realize por nós.
                Tantos revezes que às vezes esperamos que o momento fique perfeito para tentarmos mudar, pois o medo é latente, paralisante, e como tenho ouvido e experimentado: o medo mata nossos sonhos!
               Como teólogo, te digo:  Não acredite nisso tudo que escrevo, desafio-te a experimentar a quietude da alma e descobrir a centelha, a faísca da divindade que há dentro de ti. E, se assim acontecer, comente teus resultados, é uma prática simples que com a repetição suficiente e a disciplina correta te fará milagres.
 
 
 Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo. Salmos 82:6

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