É maravilhoso quando as coisas
acontecem da maneira que nós planejamos, quando tudo dá certo, e nosso coração
resplandece no brilho de nossos olhos. Uma força gigantesca emana de nossa alma
e seguimos caminhando de cabeça erguida, muitas vezes até incomodando a quem
nos rodeia.
Sentimos-nos tão fantásticos, inabaláveis e até indestrutíveis que
deixamos de lado a atenção que deveríamos ter ao nosso redor, a
"prudência" relatada pelo nosso mestre. Deixamos-nos por cercar de
pessoas das mais diversas qualidades, e esquecemos de que pessoas
"vampiras" adoram estar por perto de quem tem "energia de
sobra", para sugar ao máximo até que nos sentimos aniquilados e elas
trocam, sim, simplesmente trocam de vítima para poder sobreviver.
Às vezes nos sentimos tão
seguros de nós mesmos que deixamos de ler ou estabelecer contratos, acreditamos
na maioria de pessoas que nos cercam, procrastinamos de uma tal maneira que no
futuro nós mesmos nos rotulamos como estúpidos, e assim entre outras desatenções
fracassamos.
Quando sofremos esses revezes,
injustiças e até injúrias, nos sentimos como arrancados de nós mesmos, um
dividize em nossa alma e estrangulando a esperança e nos incutindo o medo.
Passamos de um a pessoa alegre para uma pessoa à margem emocional, sem direção,
questionando os por quês, apontando onde caímos, e o interessante é que sempre
aparecem dezenas de pessoas para te ajudar a apontar os erros. Incrível, não?
É nesse momento que o medo
começa a instalar, ele vem de mansinho soprando em nossos ouvidos que a vida é
difícil, que não adianta fazer nada que podemos cair novamente, que nunca mais
poderemos confiar em ninguém, que todas as pessoas são iguais, e assim vai até
que o medo se transforme em um estágio da depressão, nos levando à inércia.
Quando falamos dos medos,
podemos dividi-los em seis medos básicos: morte, pobreza, doença, criticam,
perder o amor de alguém e a velhice. Todas as consequências de nossas vidas estão
vinculadas diretamente ao tipo de medo que nos assolam maior ou menor grau, tanto
que muitas vezes as religiões os usam de artifícios para “domar” nossa fé,
nossas crenças e nossas vontades.
O papel de um líder religioso
deveria ensinar a superar os medos e a vencer as consequências dos mesmos já
instalados em nossas vidas, ao invés de apontar onde caímos. É uma situação
delicada, pois se nos colocarem como nós mesmos os responsáveis por nossas
próprias vidas o papel deles seria diminuído.
Indo ainda mais fundo, sabemos
que todos nós nascemos com o livre arbítrio para aceitar ou não as leis da vida,
porém crendo ou não ela atua na vida de qualquer humano na face da Terra. E
analise quanto de imposição no modo de vida foi baseada no medo, grandemente utilizada
de ferramenta pelos nossos pais, irmãos, familiares e até mesmo os professores
e religiosos. E se rodar o mundo, comparando as bases das crenças, em sua
maioria sempre trarão o mesmo resultado, para manter uma hierarquia e a ordem,
foi assim a forma mais “fácil” encontrada pelos antepassados e seguem até os
dias atuais, e até nós usamos de ferramentas pra controlar determinadas
situações.
A divindade foi perfeita em sua
criação, e mantém dentro de nós um elemento que pode nos tirar de qualquer situação
e nos fazer alcançar grandes voos, livres das amaras do medo, nos deixou a
CENTELHA DIVINA. Esta, se a deixarmos fluir em nossas vidas poderemos buscar a
verdadeira essência, deixaremos que a esperança e os sonhos renasçam e nossas
vidas e começamos a superar o medo, começamos a viver de forma mais intensa, “saímos
da caixa” e passamos a resplandecer e voltamos a ter uma vida onde as coisas
realmente acontecem. Vai ser tudo perfeito? Não!!! Sim, isso mesmo, nunca vai
ser tudo perfeito, pois nossa vida é fruto de nossos pensamentos, e todos os
pensamentos tendem a tornar realidade com a devida frequência e os pensamentos corretos.
Eu não sou perfeito, nem nunca
serei! Tão pouco você, pois se fossemos perfeitos já haveríamos desencarnado há
tempos. Precisamos do aprendizado, precisamos ir aprimorando a essência de
nosso SER, e isso se dá até nosso último fôlego de vida.
Agora, como deixar fluir essa
essência? Como fazer, como faz com que ela venha à tona? Digo-lhe que não é
fácil, mas pode ser mais simples do que você imagina, mas vamos lá, de tanto
ler, ouvir, testar, viver, cheguei à conclusão que a centelha divina queima e
NUNCA podemos apagar, e seu fluir é olhar para dentro de si mesmo, às vezes com
uma folha de papel para anotar tudo aquilo que aparecer em tua alma. Aquele
monte de coisas que ouvimos dos orientais de aquietar a mente, meditação, ir a
um local agradável para ouvir músicas instrumentais, buscar a percepção de seu
próprio corpo, ou até mesmo “ouvir o silêncio” entre outras maneiras de encontrar
nossa “divindade”.
É incrível quando esse
processo acontece, não tem uma receita exata, depende de sua persistência e
disciplina, mas você vai perceber nitidamente quando encontrar a divindade em
ti, as forças são redobradas, renasce esperança, os sonhos, os desejos, e nessa
fluidez tomamos direção, acertamos o prumo e passamos a ser nossos próprios
realizadores ao invés de deixar que o mundo realize por nós.
Tantos revezes que às vezes
esperamos que o momento fique perfeito para tentarmos mudar, pois o medo é
latente, paralisante, e como tenho ouvido e experimentado: o medo mata nossos
sonhos!
Como teólogo, te digo: Não acredite nisso tudo que escrevo,
desafio-te a experimentar a quietude da alma e descobrir a centelha, a faísca
da divindade que há dentro de ti. E, se assim acontecer, comente teus
resultados, é uma prática simples que com a repetição suficiente e a disciplina
correta te fará milagres.
Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo. Salmos 82:6
Nenhum comentário:
Postar um comentário